Modos de Ver - documentário 

O primeiro episódio de “Modos de ver” é iniciado com a instigante afirmação de que o processo de ver é menos espontâneo ou natural do que acreditamos e depende de hábitos e convenções. Achei esse fato muito interessante pois pode ser relacionado com o que é tratado posteriormente: a nova magnificência da arte. Esse termo faz referência à questão da importância de preservar e exibir obras estar não no significado da imagem, mas no seu valor de mercado. Assim, surge a dúvida, quando olhamos a arte, vemos o que ela mostra e o que ela interpreta ou vemos seu preço exuberante?

Mais além, nota-se uma discussão acerca da invenção da máquina fotográfica, que foi responsável pela reprodução da arte, o que, de um lado a tornou mais acessível, mas de outro findou sua singularidade. Assim, percebe-se que o advento da ferramenta instigou a formação de pensamentos divergentes e conflitantes perante o assunto tratado.

Foi a câmera fotográfica que ocasionou a perda do significado original da obra por meio da ascensão de diferentes pontos de vista, os quais são inconstantes dependendo do recorte em que as pinturas são observadas, dos sons que se escutam quando são vistas, do movimento infligido a elas e de outros fatores.

Dessa maneira, depois de ver o documentário, surgiram questões que só consegui responder com a dualidade:

* A transmissão da imagem difundiu o conhecimento da arte ou a alienação perante seu objetivo primordial?

* As variações nos significados das imagens são negativas pois desviam da função original da imagem (representar um significado único e original) ou são positivas pois retratam as diferentes interpretações da arte?

* A educação da arte da luz ao conhecimento ou encobre a liberdade de interpretação?

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