Imagem Televisiva e Espaço Político -- Vilém Flusser
A palestra explica -- de um jeito bem confuso, devo acrescentar (se é que entendi de forma correta) --, a razão pela qual a televisão não é um espaço político. Esse fato se dá em decorrência da diferença entre imagem e escrita linear: a imagem possui uma consciência denominada de mágica-mítica, enquanto a escrita linear possuiu uma consciência denominada política. As imagens foram feitas com o intuito de orientar, e possuem um caráter mágico e ritualístico, já a escrita foi inventada para explicar as imagens e é na escrita que reside o caráter político. Na imagem, o ponto de vista político é perdido, posto que a imagem não carrega nenhum ponto de vista.
Além disso, Vilém Flusser explica que foi a invenção da escrita linear que criou o mundo dos eventos, no qual nada se repete, tudo possui causas e consequências e tudo pode ser explicado de maneira racional (antes, só existia o mundo dos acontecimentos, no qual tudo se repete, é sempre algo festivo, mágico e caótico).
Ademais, o palestrante também comenta sobre a fotografia, como ela foi inventada a fim de tornar todos os eventos imagináveis, mas acabou por congelar os eventos em acontecimentos, uma espécie de memória da história, o que foi chamado de documentação.
Depois dessa enorme dor de cabeça, três perguntas permaneceram:
* Quem acaba explicando quem, a imagem ou a escrita?
* Como a imagem pode esconder o mundo?
* Como a imagem causa os eventos?
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