Helvética
Começando a ver o documentário, me surpreendi com o conteúdo, não esperava que Helvética fosse o tipo de letra mais famoso e universal. Sempre achei que fosse Arial. Depois de uma breve pesquisa, descobri que, por mais que as duas sejam muito semelhantes, possuem pequenas e, pra mim, praticamente ínfimas diferenças. Assim, escrevo esse parágrafo em Arial como sinal de minha irrevogável teimosia, para parecer o mesmo, mas ser, para os olhos treinados, totalmente diferente.
O documentário discute acerca do tipo de letra Helvética, a qual se transformou no estilo tipográfico internacional pois propõe maior legibilidade e é, ao mesmo tempo, claro e moderno. Ademais, esse estilo suíço representa neutralidade e objetividade, deixando o significado para o conteúdo do texto, e não para a forma da letra em si. A neutralidade e a eficiência da Helvética são contrapostas pelo teor suave e quase humano da letra. É essa dualidade que interessa as empresas que desejam se desvincular da ideia opressora, burocrática e autoritária que representam e querem ser vinculadas a ideia de transparência, responsabilidade e acessibilidade, já que o estilo tipográfico transmite uma reposta emocional no leitor apreciada por essas corporações.
Ainda assim, outros entrevistados acreditam que a Helvética virou rotina, vista em todo canto e sem surpresas. Eles acreditam que a tipografia pode ter personalidade própria e ser expressiva. A perspectiva de expressar a própria subjetividade pelo design torna-se mais atraente para tais profissionais. Assim, é notório os dois pontos de vista atualmente, enquanto uns acreditam que a tipografia deveria ser mais livre e espontânea, outros acreditam que a incompetência passou a ser recompensada como originalidade.
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